Sabem que inventários de outros bairros já foram realizados pela administração
municipal e transcorreram sem sobressaltos? Nada saiu nos jornais, não gerou
reuniões, assembleias, abaixo-assinado, passeata.
E que nos
bairros já inventariados, os imóveis continuam valorizados? Em certos casos, inclusive,
os imóveis se valorizaram ao se agregar ao patrimônio o valor cultural, despertando
a atenção de turistas, compradores e porto alegrenses à área preservada.
Caso este do bairro Cidade Baixa, que na condição de pólo
boêmio revitalizado, conferiu à região inclusive o slogan “Cidade Baixa em Alta”, onde proprietários de imóveis
faturam alto com alugueres e o comércio revigorado da região.
Listagem do bairro Cidade Baixa. Clique aqui.
Listagem do bairro Cidade Baixa. Clique aqui.
E, no
bairro Independência, quem fala em desvalorização e estagnação? Muito pelo contrário, as
tradicionais e amplas edificações são procuradas para reforma, atualização e
ocupação para fins de moradia, por um público que busca espaço e conforto em
detrimento dos apartamentos novos de dimensões cada vez mais reduzidas.
Listagem do bairro Independência. Clique aqui.
Listagem do bairro Independência. Clique aqui.
Ainda, o
que não dizer, do bairro Moinhos de Vento, onde dentre as reivindicações que
aportam da comunidade, estão a ampliação do patrimônio inventariado da região? E, ainda, da defesa pelas
casas da rua Luciana de Abreu que levou a comunidade aos tribunais? Seria a
comunidade do Moinhos
romântica e desvairada, ou conservadora e atrasada, sem nenhum senso prático?
Listagem do bairro Moinhos de Vento. Clique aqui.
Estamos certos que não; pois somos
muitos e os proprietários de bens com potencial para preservação em Petrópolis em
geral aplaudem o ato de proteção.
Em nosso bairro, a estabilização trazida pelos imóveis
inventariados os tornará mais atraentes e valorizados por pessoas que
gostam de morar em casa ou que querem agregar ao seu negócio o charme de um endereço com reconhecido valor cultural
e, ainda, protegerem seus imóveis de edificações lindeiras que as desvalorizem.
De mais a mais, após a construção de
5070 unidades habitacionais no período de 2000 a 2010 no bairro Petrópolis, não
se pode dizer que o bairro não esteve aberto a transformações, e tampouco que
deixará de estar.
Também não se pode dizer que o bairro
seja elitista, pois, com base na venda de índices construtivos que elevaram os
prédios a alturas maiores do que o previsto no Plano Diretor, Petrópolis
certamente é o bairro que mais financiou construções populares em Porto Alegre,
conforme a destinação legal prevista para o solo criado. (Lei Complementar 315/1994).
Igualmente não se pode alegar que o
inventário é ato descabido, muito pelo contrário, é um dever legal que encontra
previsão na Constituição Federal e Plano Diretor (vide § 1º do art. 216 da Constituição
Federal e art. 90, § 1º; art. 92, § 2º, § 4º e 5º, art. 162, X da Lei
Complementar 434/1999, além da Lei Complementar 601/2008).
Enfim, o patrimônio cultural de
Petrópolis não é só do bairro, pois é através dele que preservamos uma das
diversas fisionomias de Porto Alegre.
A memória; a identidade dos lugares relaciona-se
com o sentimento de pertencer, de se sentir conectado ao lugar e às pessoas que
o compartilham.
Não bastasse tudo isso, o inventário
mostra-se também um bom negócio para quem quer morar ou auferir renda do
imóvel.
ACESSE o Abaixo-Assinado e FIRME seu apoio ao Inventário de
Petrópolis!
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